A grife Maria Bonita apresentou sua coleção assinada pela estilista Danielle Jensen num desfile que iniciou com uma performance ao vivo da cantora Adriana Calcanhoto, sentada em uma cadeira na entrada da passarela, tocando um violoncelo. Os sons, por algumas vezes dissonantes, do instrumento eram quebrados em meio ao silêncio da sala.
A trilha incluiu também uma versão da música "Music", da cantora Madonna dando o contraste da coleção que foi desde peças clássicas até as mais modernas!
O trabalho foi feito todo dando destaque a desconstrução do modelo tradicional dos cardigãs, com padronagem Argyle, para criar blusas, vestidos e acessórios.
Entre as intervenções criadas para proporcionar uma nova apresentação da peça, estão sobreposição do padrão Argyle por paetês em formato geométrico, redesenhando os traços originais.
Os paetês reapareceram também, dessa vez no couro e cobrindo looks inteiros. O destaque maior, no entanto, fica para as peças com quatro mangas. Na coleção, as mangas viraram longas golas (ou cachecóis) em umas peças e faixas para cintura em outras, como casacos.
O cardigã ganhou ainda o formato de bolsa, como no look desfilado pela top Carol Pantoliano, com vestido, meias de perna inteira e bolsa na mesma padronagem, marinho, com toques em caramelo.
O cardigã ganhou ainda o formato de bolsa, como no look desfilado pela top Carol Pantoliano, com vestido, meias de perna inteira e bolsa na mesma padronagem, marinho, com toques em caramelo.
A paleta de cores inclui ainda o caqui, o bordô e o grafite. Esta última apareceu em especial nas peças de organza de seda acetinada, que receberam intervenções de rabiscos em giz de tons terrosos, para "tirar a formalidade da organza", como contou a estilista.
Um certo ar de androginia aparece forte na coleção, principalmente quando se observa os sapatos - todos masculinos, com couro vazado, com e sem salto. As calças têm contém muitas pregas.
"Quis fazer uma releitura em cima de algo que já existe. E [esse algo] é o cardigã", explicou a estilista. Com isso em mente, ela trabalhou desde as peças abertas, com botões, até as fechadas, variou padronagens, com losangos pequenos e grandes – diz Danielle Jensen.
NA FOTO: LOOK VOLTADO PARA O LADO TECNOLÓGICO DA COLEÇÃO.
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